domingo, 24 de outubro de 2010

Até que ponto o progresso social deve ser levado sem se considerar os impactos ambientais que ele determina?
Para essa pergunta a humanidade ainda não tem uma resposta pronta, ou melhor, eficaz e plausível. A verdade é que muito se tem falado que associar o crescimento econômico com a preservação ambiental é uma tarefa quase impossível para o homem moderno, visto que ele está tão ludibriado, para não dizer iludido, com a realidade capitalista, que pouco se importa com a questão ambiental em sua maioria.
Em Urbano Santos, o progresso começa a tomar forma, cor, gosto e impacto no meio ambiente. Não estou aqui defendendo que a cidade não deve investir no desenvolvimento e na geração de capital, até porque é hipocrisia dizer que a chegada dessas firmas não trouxe benefícios (melhores estradas e empregos diretos e indiretos principalmente). Mas se vamos nos desenvolver, é melhor que esse desenvolvimento seja feito de forma correta, visando à diminuição dos impactos sobre o meio natural.
A ganância tem levado o homem a perder a sua própria humanidade - existe algo mais emblemático e representativo da supressão da dignidade, do respeito e da moral? Se pensarmos bem naquilo no qual nos transformamos, veremos que o homem moderno está longe de ser mais feliz do que aquele que viveu nas cavernas. O homem moderno sempre quer mais, para ele há sempre algo mais para conquistar, para manipular, para subjugar, para destruir... o homem primitivo, no auge de sua temeridade em relação ao meio ambiente, via-o como algo divino, um presente, que deveria ser tocado apenas para satisfazer suas necessidades. Nos desenvolvemos para diminuir os perigos para nossa espécie e acabamos levando perigo para as demais.

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